Com a masterclass dada no Teatro Virgínia, a fotógrafos locais, pretendeu-se criar um grupo informal e ativo localmente para continuar a produzir trabalhos e estimular futuras gerações com os seus conhecimentos. O resultado dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos e por Augusto Brázio e Nelson d’Aires, foram apresentados sob a forma de projecção digital no dia 17 Outubro no Teatro Virgínia após concerto do duo ” Lavoisier”, cujo mote “Na natureza nada se perde nada se cria tudo se TRANSFORMA” deu o tom para uma nova abordagem da música tradicional portuguesa.

Nesta primeira masterclass atenderam 13 formandos com idades compreendidas entre os 16 e os 48 anos e de diversas formações, desde estudantes do secundário de artes visuais, professores de história e francês, pilotos de aviões comerciais, geólogos, técnicos de marketing, contabilistas,e empresários de pequenas médias empresas, todos com a fotografia como interesse comum.

Augusto Brázio e Nelson d’Aires,
agradecem a todos os participantes.

Andresa Olímpio
Sandro Amado
Virgiliu Obada
André Micaelo
Mário Loureiro
António Liberato
OtíliaJorge
Nuno Correia
Claudia Sardinha
Pedro Almeida
Vasco Miguel Real Antunes
José Luís Santos
Maria Inês Oliveira

Pedro Ricardo Almeida

Este projecto teve como ponto de partida a Masterclass “Viagens na Minha Terra”, orientada por Augusto Brázio e Nelson d’Aires, no concelho de Torres Novas. Iniciou-se a partir da ideia da exploração visual de um território desconhecido (neste caso, o concelho de Torres Novas), através de um principio cartográfico de interpretação sobre a ocupação e transformação desse território, tanto pelo natural como pelo artificial, tendo por premissa base a Geologia como elemento caracterizador do Território e definidor dessa mesma ocupação natural e/ou artificial.

Tendo por base um percurso de pontos de interesse geológico do concelho de torres Novas, foi feita uma cartografia interpretativa e livre sobre a influência da Geologia no território, tanto na vivência dos seus habitantes como na disposição do ocupado natural/artificial.

No fim desta Masterclass a percepção de que esta cartografia está incompleta é o sentimento mais natural, pelo que este projecto está em desenvolvimento. O concelho de Torres Novas encontra-se numa lógica de transição de domínios geológicos, caracterizados por uma transição de ambiente serrano para planície interior (em que a influência do Tejo é dominante) e cujos limites artificiais do Concelho são ignorados pela relação geologia/orografia. Tendo esta percepção visual e temporal do concelho, colocou-se então a questão ao autor sobre essa transição, como é que estes ambientes naturalmente competem (e se competem), como ocorre a ocupação ocorre em ambos os espaços e como é feita a fronteira de domínios geológicos diferentes – a Serra e Aires e Candeeiros, com uma geologia caracterizada por rochas carbonatadas de carácter essencialmente marinho, pertencentes ao Maciço Calcário Estremenho da Era Mesozóica e a planície aluvial do Tejo, essencialmente composta por aluviões e rochas areníticas e carbonatadas de carácter continental, pertencentes à Era Cenozóica.

Pedro Ricardo Almeida, 2015